O doutor não rodeou na notícia, apenas cuspiu que ela tinha chego quase sem vida ao hospital. Tinha tido uma série de paradas cardíacas, fraturado vários ossos e uma hemorragia interna trágica. Estava na mesa de cirurgia, com uma boa equipe de médicos fazendo de tudo para salvá-la.
Senti o peso do mundo cair nas minhas costas. Deslizei da parede em que estava encostada até o chão, colocando a cabeça entre as pernas.
Aquilo não poderia estar acontecendo. Não comigo.
Vi de relance Justin fazendo algumas ligações. Harry se sentou ao meu lado, tão perdido quanto eu. Abracei-o, sem saber se estava tentando me confortar ou confortar a ele.
- Hazza, o que vamos fazer? -virei-me para ele.
Harry estava fitando o chão, o rosto inchado e vermelho. Estava de pijama igual a mim. Não tivemos tempo pra pensar nisso. Não me importava ser vista por todos descabelada, de pijama e jogada no chão da sala de espera. Estava pouco me importando para as aparências.
- Não sei, Dem. Não sei -ele retribuiu o meu olhar, tão perdido, com um olhar de um menino de cinco anos. Não sabia aonde fora parar toda a sua maturidade e liderança.
- Mamãe tem que sair dessa. Ela é forte -disse, tentando convencer a mim mesma.
- E se ela se for, Dem? O que vai ser de nós? Não sei se consigo viver sem ela -Harry encostou a cabeça em meu ombro.
Após poucas -e longas- horas, Justin voltou para a sala de espera, com Miley e Selena ao seu lado. Levantei a cabeça, desgrudando-me de Harry, surpresa com a presença de minhas melhores amigas.
- Demi, como você está? -Selena se aproximou, me ajudando a levantar do chão e me abraçando em seguida.
- Venha, Hazza -Miley fez o mesmo com Harry.
- Liguei para as meninas -Justin disse, colocando as mãos nos bolsos da frente da calça de seu pijama- Acho que precisamos de companhia para passar por isso.
- Obrigada, Justin -disse, sendo sincera, depois de sair do abraço de Selena.
- Ela ainda está em cirurgia? -Miley perguntou.
- Sim. Há três horas -respondi, sem ânimo. O relógio azul de ponteiros, que estava pendurado na parede branca da sala, tinha se tornado meu melhor amigo nas últimas horas. Cada vez em que ele se mexia, era como uma nova onda de esperança para mim.
- Meninas, levem os dois para comer algo ou trocarem de roupa. Ficarei aqui aguardando por notícias -Justin ordenou.
- Não vou sair daqui -fui a primeira a protestar. Nem ferrando eu sairia daquela sala sem notícias da minha mãe.
- Demi, por favor -implorou Selena, quase me puxando para fora.
- Não irei. Harry vá você. Tome água na lanchonete pelo menos -olhei para meu irmão mais velho. Não parecia nada com aquele garoto que sempre me passou a maior segurança do mundo. Estava transtornado, acabado. Tão abatido quanto eu. Sem responder, ele se deixou ser guiado por Miley para fora da minúscula sala de espera.
Sentei em um sofá de três lugares, entre Selena e Justin. Comecei a observar o recinto. Todas as paredes eram brancas, porém os móveis eram azuis, em contraste. Havia apenas mais um sofá de três lugares ao nosso lado, e poucas cadeiras desconfortáveis logo atrás de nós. Uma bancada azul com branco se estendia à nossa frente, aonde uma enfermeira de meia idade, que de hora em hora lançava um olhar terno para a gente, ficava atendendo a todos que estavam ali. Parei meus olhos em um quadro que estava posto atrás da mesa dela. Era uma paisagem, uma casinha solitária no meio de um grande campo de flores. Sem saber o porquê, aquela imagem me tranquilizava.
- Oi, cara -Justin atrapalhou minha visão da tela pintada a tinta óleo quando se levantou, abraçando um moreno. Joseph.
Não estava bem pra lidar com ele. Não queria lidar com ele. Estava tão acabada e indefesa. Mas também não conseguia ficar brava com Justin por tê-lo chamado. Algo sobre sua presença me deixava mais calma, Joseph me transmitia segurança, e não sabia se isso era algo bom ou não. Olhei ao redor, tentando ver se Nicholas tinha vindo com ele, mas tudo o que pude ver foram algumas pessoas tão desorientadas quanto nós, esperando informações sobre algum ente querido.
- Tudo bem, Lovato?
Antes que eu pudesse abrir a boca para respondê-lo, um homem, de pelo menos trinta e cinco anos, vestindo um jaleco branco, atraiu a nossa atenção.
- Família de Dianna Lovato? -Justin acenou com a cabeça, fazendo com que o homem se aproximasse- Sou Derek Sheppard, neurocirurgião -ele nos cumprimentou, educadamente- Eu estava realizando a cirurgia da Sra. Lovato com um grupo de grandes especialistas, enquanto eu tentava diminuir a extensão do trauma craniano, outros médicos estavam tentando conter a hemorragia interna. Saibam que uma cirurgia desse porte sempre está repleta de desafios e riscos. Infelizmente, não conseguimos conter a hemorragia. Foram vários traumas internos, várias paradas cardíacas e respiratórias nesse meio tempo. Desculpem-me. Fizemos o possível.
Ela estava morta.
Minha mãe estava simplesmente... morta.
Não. Não. Não. Não.
Em um movimento brusco, levantei do sofá e saí correndo do hospital. Como isso estava acontecendo? Ela estava bem de manhã, ela estava viva, conversando e brincando no café da manhã. Por quê isso estava acontecendo?
Sentia as lágrimas quentes escorrerem pelo meu rosto. Sentia a brisa contra meu corpo. Mas não sentia mais nada, parecia estar entorpecida pela situação. Sentei no primeiro banco que eu vi do lado de fora do hospital, de frente para uma vasta área repleta de árvores. Me encolhi no assento, colocando a cabeça entre meus joelhos. Deus, como aquilo doía. Queria ter morrido também, naquele banco mesmo.
- Demi! -pude ouvir a voz de Selena se aproximando de mim, mas não fiz nenhum esforço para levantar a cabela e encará-la- Demi, meu Deus, venha cá -senti seus braços me puxando para ela. Ainda não tive força para me movimentar.
E por um tempo continuamos ali, apenas abraçadas, sem nenhuma palavra. Continuei encolhida, mas com a cabeça apoiada no ombro de Selena. Sentia uma dor sufocante em meu peito, mas já não sabia mais o que fazer.
- Selena, melhor você ajudar os meninos. Eu dou conta aqui -levantei um pouco a cabeça para ver um Joseph parado ao nosso lado. Vi algo diferente em seu olhar. Talvez ternura. Mas poderia ser também ilusão minha.
- Não, Joe. Ficarei aqui com ela.
- Você não está ajudando em nada -ouvi ele bufar, sem paciência- Não iremos brigar agora, certo? Deixe-me com ela.
Selena olhou para mim, suplicante. Esperando pela minha resposta ou por uma briga rotineira com Joe. Nada disso aconteceu. Apenas me afastei dela, fazendo com que ela entendesse que pudia me deixar com ele, a sós.
- Voltarei daqui a pouco para ver como você está -Selena beijou a minha testa e foi embora.
Joseph se sentou ao meu lado, ocupando o lugar onde Selena estava. Sem nenhum aviso, me puxou para seu abraço, colocando aqueles braços fortes ao meu redor, e me surpreendendo novamente, ele beijou o topo da minha cabeça, me puxando mais para si.
- Ah, Lovato.
Fiquei apenas ali, perdida em seus braços, apoiando a cabeça em seu peito, sentindo o cheiro do seu perfume 212. Ele me transmitia tanta segurança, tanto poder. Não conseguia me sentir assim com Selena. Então apenas relaxei, desabando novamente em lágrimas, recebendo vários beijos no topo de minha cabeça em troca. Depois, quando estivesse sozinha em meu quarto, não acreditaria nessa cena.
- Te contaram como aconteceu? -Joe quebrou o silêncio, fazendo com que eu levantasse a cabeça de seu ombro.
- Não.
- Você quer saber? Não acho que agora é o momento...
- Tem que ser como um band aid, Joe. Temos que tirá-lo rápido e sofrermos apenas uma vez -Joe me fitou, surpreso.
- Um caminhoneiro acabou dormindo enquanto dirigia, o caminhão estava bem acima da velocidade permitida, acabou entrando na contra mão e invadindo a faixa em que o carro da sua mãe vinha. Foi uma colisão bem feia.
Fiquei brava, de verdade. Só não tinha forças de me levantar e ir atrás do idiota que acabara com a vida de minha mãe. Joe simplesmente voltou a me abraçar. Mais forte. Mais protetor. Sussurrava em meu ouvido que tudo ia ficar bem. Queria muito acreditar nele.
- Você tem que cuidar de seus irmãos, Lovato. Tem que ser forte por eles. Sei que você consegue, sei que é forte o bastante.
- Joe, eu tenho que voltar pro hospital -acordei de meu transe com suas palavras, tinha que ajudar meus irmãos- Tenho que resolver as papeladas e...
- Já resolvi -ele me interrompeu- enquanto você estava aqui com Selena, Miley voltou com Harry, Justin se juntou aos dois para contar as notícias. E eu achei melhor resolver logo isso, assim vocês três poderiam passar por esse baque de uma forma menos dolorosa.
- Obrigada, Joe -funguei, limpando as lágrimas que insistiam em cair.
- Por nada -ele deu de ombros, se negando a me largar.
E naquele momento, já não importava se ele era um escroto que me dera o maior fora do universo. Joseph Jonas estava ao meu lado, me apoiando em meu pior momento.
Me identificando com a Alessandrademi aos 14-15 anos, eu queria arquitetura, e agora aos quase 18 (porque falta só uma semana), quero medicina (quase desistindo, porque vida de cursinho é igual inferno). Nessa quase comecei Adm esse ano, você curte? Caah Santana k acho que Harry não é gay não, mas veremos nos próximos caps ;) Fernanda que coragem hein mina, química é meu maior pesadelo (exatas em si é, mas química é o maior k) mas estou prestando pra eng química em segunda opção esse ano (e não, nem sei porquê já que não vou com a cara da química).
To super curtindo o curso sim :)
ResponderExcluirE tbm to curtindo essa serie, pode posta mais já heheheh
OMG, como vc para logo nessa parte, posta logo, faz maratona, não sei pq mas acho que agr sai romance Jemi
ResponderExcluirMeu Deus esse capitulo me fez chorar e n é exagero :'( posta.o mais rapido q puder.
ResponderExcluirPosta mais
ResponderExcluirKkkk...só o futuro que vai saber o que eu vou ser kkk...por enquanto...focar em estudar...
ResponderExcluirEnfim...sobre a fic ❤️❤️❤️❤️❤️
Amandoooo
O Joe foi tão fofo com a Demi
Posta logoooo
Beijos